Eu queria
Eu juro que eu queria
de um querer que dói
E choro a perda
Por nada ganho
Eu sabia
E jurei que não sabia
de um saber que cega
Negação de tudo que eu vi
Por nada vivido
Sem tirar o corpo fora
Fora todo o copo entornado
Eu já sabia
Era o meu leite estancado
num corpo adormecido
Era o seu sangue fervendo
no último copo da noite
Dói e cega
Jurei que eu não sabia
Mas eu quero
Eu juro que eu quero
sexta-feira, abril 28, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Dói tão doídamente.
É uma dor sentida no fundo do corpo que vem apertando o peito, o torax, parece querer sair e gritar em estrondoso choro.
Vozes confusas de uma língua incompreenssível.
Remoendo o tormento, ultraja meu corpo
E expressa-se em gotas de sangue.
Sangue sujo.
De repente a satisfação,
Do que nunca terei.
A aceitação do trabalho que seria mais bem feito.
Da certeza do que fiz estava certo.
Mais um passo.
Só mais um, e outro.
Não era assim que tinha que ser?
Me pregam,
Em mim.
Não era assim que tinha que ser.
Postar um comentário