quarta-feira, outubro 29, 2008

Song #4 - First impression

Pra aplacar a ansiedade só escrevendo músicas que possivelmente nunca serão tocadas!

I give up
I'm gonna live my life like this
I will leave you alone
just bring me my first impression back

I kissed you once
and you said it was what we need
to get started
to get on fire
to get ...

But it was too much
for me
the silence
the crisis
the hole in the middle of the road

I will stop trying
stop trying to get that dream back

domingo, outubro 05, 2008

Pandora's Box

Open it!
Open it!
Open it!
N O W !!!!!
Qual é o segredo que eu tento revelar?
A realidade escondida por trás do véu,
cortina de almiscar, fumaça.
Uma olhadela,
nela,
na caixa,
em mim.
No escuro do fundo, tão raso.
Faíscas, do interior da caixa
vozes
olhos querendo que a caixa seja aberta
sua mão conduzindo tudo o que sempre quis.
ABRA, você implora
ABRA, eu grito
ABRA AGORA!

quinta-feira, outubro 02, 2008

idéias pra vida toda

É só pra encantar, só pra confundir. Eu passo, sorriu, um toque no ombro, uma sensação de já ter ganhado. Repito isso dez vezes ao dia. Cem vezes ao mês se necessário. É só a sensação de ter ganhado. Nada. Nada. Nada. Por que não passear no lado escuro e indomável de vez em quando? Fugir disso é fugir do todo. É fugir do enrosco, do gosto que pode viciar. É fugir de mim.

TAKE A WALK ON THE WILD SIDE

Walk On The Wild Side - Lou Reed

Holly came from Miami, FLA
Hitch-hiked her way across the USA
Plucked her eyebrows on the way
Shaved her legs and then he was a she
She says, Hey babe
Take a walk on the wild side
She said, Hey honey
Take a walk on the wild side

Candy came from out on the Island
In the backroom she was everybody's darlin'
But she never lost her head
Even when she was giving head
She says, Hey babe
Take a walk on the wild side
Said, Hey babe
Take a walk on the wild side
And the colored girls go doo do doo do doo do do doo, ....

Little Joe never once gave it away
Everybody had to pay and pay
A hussle here and a hussle there
New York City's the place where they said, Hey babe
Take a walk on the wild side
I said, Hey Joe
Take a walk on the wild side

Sugar Plum Fairy came and hit the streets
Lookin' for soul food and a place to eat
Went to the Apollo
You should've seen 'em go go go
They said, Hey sugar
Take a walk on the wild side
I Said, Hey babe
Take a walk on the wild side
All right, huh

Jackie is just speeding away
Thought she was James Dean for a day
Then I guess she had to crash
Valium would have helped that bash
Said, Hey babe,
Take a walk on the wild side
I said, Hey honey,
Take a walk on the wild side
And the colored girls say, doo do doo do doo do do doo, ....

É só isso mesmo

Eu ainda vou te ensinar a aceitar aquilo que eu te ofereço.

sábado, setembro 06, 2008

No Meu Quarto. No Meu Sonho. Impossível


Cena inspirada pela música: The Mess we're in - PJ Harvey
Uma garota, vinte e poucos anos
Um garoto, quase vinte
Fim de tarde numa cidade poluída
Céu avermelhado
Silêncio.

(Sentados no beiral de um arranha-céu)
Garoto:
Quão encrencados estamos?
Garota:
Aqui em cima?
Garoto:
Não. Quando descermos.
(Silêncio)
Garoto:
Hey, Melissa. Está me ouvindo?
Garota:
Shhhh. Olha pra mim.
Garoto:
Me escuta. Lá em baixo o mundo é diferente. Você sabe disso.
Garota:
Olha pra mim. Direto nos olhos. Me beija de novo.
(Silêncio)
Garota:
Agora fala do mundo lá de baixo pra mim.
(Helicópteros no céu)
Garoto:
É tudo tão lindo aqui, com você. É um poema sussurrado em meu ouvido revelando o fim de todas as ilusões. Tudo começa e acaba aqui. Mas pisar no concreto, estar no meio daquelas pessoas, o ônibus, a Quarta-Feira, o céu distante, a música artificial do fone de ouvido estourando meus miolos... E você... Você vai ter que explicar pra ele. E eu... nem sei como vou falar pra ela.
Garota:
Aqui em cima não há explicação. Você me quer, não é?
Garoto:
Dia e noite eu sonho que estamos fazendo amor. E eu vejo seu corpo prateado numa tela gigante de cinema. No meu quarto. No meu sonho. Impossível.
Garota:
Não é impossivel aqui. Com o pôr-do-sol vermelho da cidade sobre a gente.
Garoto:
Me escuta.
Garota:
Me abraça. Eu também quero o mesmo. E só aqui em cima é possivel. Depois, quando o sol vier nos acordar, a descida é suave.
Garoto:
E depois, a bagunça. A culpa. O desejo de ter você de novo. Disfarçar meus olhares pro seu corpo, pra sua boca. Ah, eu não vou agüentar ter você só por agora.
(Silêncio)
Garota:
É o que você quer? Então eu tenho que te dizer, não mude nunca o que você pensa de nós. E muito obrigada por essa tarde, pelo beijo, pelo olhar.
Garoto:
Melissa, senta aqui. Não...
Garota:
Eu acho que a gente não vai se ver de novo. E você tem que ir agora.
Garoto:
Eu não quero ir. Vem pra cá. Sai da borda!
Garota:
Antes que o sol acorde sobre os prédios...
Garoto:
Não precisa terminar assim. Olha a bagunça que a gente se meteu.
Garota:
...e suor da nossa pele seque por completo...
Garoto:
Por favor, não faz isso.
Garota:
... os helicópteros...
Garoto:
Ahhh! Melissa! Não!
Voz ao longe da Garota:
E o pôr-do-sol vermelho da cidade sobre a gente.

domingo, agosto 24, 2008

C O M A


Quarto de hospital. Uma mulher em coma. Numa cadeira ao lado da cama outra mulher um pouco mais velha.

Mulher:
Hoje decidi vir, te ver. Dar uma checada só. Deve fazer uns meses que não falo com você. Falar, falar mesmo, faz anos. Você, nesse estado. Mas eu sei que não é culpa sua. Te colocaram aqui. De novo.

Esse livro que você lia... eu peguei pra ler também. É mesmo muito bom. É realmente a biografia do pai daquela escritora alemã, Hellen Stalk? Ainda não consegui chegar no final, mas promete grande surpresas... Em falar de surpresas sabe quem eu encontrei na estação de trem um dia desses? Aqueles dois estranhos, amigos sei lá.... ( Silêncio ) Lembra? Os dois homens, com dez mil malas, que a gente vivia observando e discutindo se eles realmente se dariam conta que eles são um só. Puxa, eu gostaria que você pudesse ver... eles entraram no trem juntos, e acho que dessa vez eles foram para o Norte juntos.

Ah, eu estive na sua casa nesses dias, e... alimentei a gata pra você, tá. Ela vai bem... o problema é o pássaro... Ele vai mal. Enjaulado, triste com a promessa que ele seria libertado. Mas não deu tempo, né. Você paralisou antes de abrir a gaiola. Mas seguindo suas recomendações, o máximo que eu fiz foi deixá-lo aquecido.

Eu tive um sonho louco outro dia. Lembrei de você porque você sempre foi ligadona em sonhos estranhos. Presta atenção nesse: era um quarto escuro... bem escuro, onde eu só escutava duas pessoas falando. Daí uma luzinha se acendeu e tinha um relógio marcando 5:55. Como naquela música que você me mostrou um dia e a gente chorou juntas. Bom, daí a luz do quarto foi ficando cada vez mais aberta, como no cinema, e apareceu no canto do quarto uma garota toda estrupiada, maquiagem borrada, roupas rasgadas, meio que sangrando etal... e quando eu dei por mim, ela... bem... não vai rir né... achando que eu sou pervertida ou coisa parecida... mas ela estava olhando um casal fazendo amor... amor nada! Era uma trepada animalesca mesmo. Daí, menina... eu ouvi a sua voz na boca da garota estrupiada, que terror! Acordei super assustada, olhei no relógio e percebi que meu alarme não tinha tocado e tive que sair correndo pro trabalho. Daí acabei esquecendo do sonho. Isso faz um mês, acho. Mas só agora me lembrei, olhando pra você. Será que você ainda sonha com alguma coisa?

Sabe quem perguntou de você? Uns colegas da faculdade. Eu tive vergonha de falar do seu estado, e disse que você estava exilada escrevendo. Exilada? Foi essa palavra que eu usei? Acho que eu disse que você estava viajando para estudar coisas novas. Não, viajando não... na correria por coisas novas. Mas... Eu acho que eu já falei mentiras demais sobre você.

Entra Médico para checar a mulher em coma


Médico:
Bom dia. Você...

Mulher:
Amiga. De muitos anos.

Médico:
Ela não recebe muitas visitas.

Mulher:
Pois é, eu sei. Ela prefere assim. Antes também era assim. Nós duas conversávamos por horas e era o suficiente. Então eu venho, dou uma olhadinha nela, trago umas flores, converso um pouco e é o suficiente.

Médico:
Você acha que ela pode te ouvir?

Mulher:
Eu é quem deveria fazer essa pergunta para o senhor , não acha? Ela pode...

Médico:
Não sei.

Mulher:
Então eu posso estar fazendo papel de besta aqui. Falando, falando, falando para um vegetal. Como se fosse falar para aquela planta alí no vaso. Inútil...

Médico:
Dizem que falar com planta ajuda.

Mulher:
Não me vem com essa... A planta não vai crescer mais feliz se...

Médico:
Você vai crescer mais feliz.
Estável. Sem mudanças. Sem sofrimento. Não reage aos estímulos ao redor. Interessante....

Mulher:
Totalmente entregue. Parece até que ela quer continuar assim.

Médico:
No estado dela, eu diria que ela não tem como querer mais nada. Bem, cuide de sua amiga aqui. Bom dia.

Mulher:
Não sei mais se vale a pena.

Mulher pega um livro de dentro da bolsa e começa a ler.


Mulher:
Que estupidez. É isso que você quer? É esse seu fim? Ficar aí, sendo o foco da piedade dos outros? Saiba que mesmo sem querer eu estou tomando o seu lugar, sua casa, seu emprego, sua família. Quase não te enxergam mais em mim. Pouco a pouco as pessoas estão esquecendo de você. Eu vou esquecendo de você. E você é tudo o que eu tenho. Acorda caramba! Volta pra mim. Eu tenho um milhão de estórias pra dividir com você. Eu preciso tanto que você reaja, que me mostre o quanto tudo aquilo que a gente queria ainda faz sentido. Ainda é possível! Levante por favor, eu pego na sua mão e te levo pra passear de novo. A gente vai olhar os ninhos dos pássaros e dar nome a todos eles. Te levo pra ver os velhinhos e seus delicados jardins. Eu e você, nossa força junta seria capaz de provocar avalhanches na montanha mais calma, erupsões no vulcão mais adormecido. Essas estórias não acabaram! Você tem que acordar!

Escuro. Silêncio.
Num corredor, mulher mais nova aguarda de costas com uma mala no chão. Mulher mais velha e médico conversam na porta do quarto.

Médico:
Leve o vaso pra ela. Coloque ao lado da cama dela e ensine a ela a falar com as plantas.

domingo, junho 01, 2008

song #1

I need more
I need something from you
All that explosion was for you
bright, calling your atention
and I did
but then you said my ideas were too modern,
too wrong for you!
You are perfect to my crooked world
twisted and dirty world
it's late, almost dawn.

I've been around for too long
Waiting for your move
Now I'm trapped in a blue-lighted room.
I can't think straight.
I don't wanna think straight,
you've got me and made me crawl
in the middle of the night,
on the narrow and dark streets near your house.

I can't think straight
you're dancing around me...
calling me to be with you
But we both know
it's just another play we are in
another script we've created
with great naughty scenes
and green fairies floating!

Don't think straight
let's twist reality
this is supposed to be unreal
It's just for tonight

song #2

Say it
Just let it out
Can't you see that
I'm waiting
Your time has come
now is the moment that
you take me in your arms
and kiss me like never before

My head needs a place to rest
and your shoulders are perfect
Perfect image
Two equal hands
Our smiles
We are the same, girl
And we want the same

Say it
Just let it out
Can't you see that
I'm dying
I see you everyday
Breathing next to me
And I'm sure
We can breath together
We are the same
And we want the same

song#3

É esse o momento onde eu ponho o seu sangue à prova
tenho tudo o que você me dá
e nada do que eu realmente quero
Espero alta madrugada
Luz azul
Você não vem
Não vê
É muito mais do que você pode tocar
É muito pouco do que você consegue segurar
Eu te entrego tudo
naquele sorriso
naquele quase beijo
naquela espera

Se você pudesse prever o dia e a hora
eu estaria lá agora
Só por alguns segundos
É tudo o que temos
olhares cruzados e xícaras de café
Eu sonho com você
e tento te convencer
de que foi real
por mais improvável que nosso futuro seja

Deixe isso pra depois e...

Diga o que você faria se simplesmente
pudesse

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Um Ano e Meio depois...

Wow!!!! Um ano e meio depois resolvo escrever aqui de novo. O que aconteceu? Fiquei sem palavras? Sem tempo? Sem fôlego? Acabaram as metáforas? Os parágrafos de impacto? As rimas?

Não! Tudo isso tem me rodeado intimamente, como sempre. Porém não vi razão nenhuma pra colocar aqui, tão abertamente. O que eu tinha que dizer, disse pessoalmente e o que foi impossível dizer, guardei escondidinho entre um sorriso e outro. Aliás, o que eu mais mostrei esse ano, foi um sorriso ou outro. Minhas mágoas, frustrações, depressões, deixei pra outro momento.

Continuei tentando respirar e senti como nunca a sanidade me acompanhando. Isso não quer dizer que parei de fugir vez ou outra. Mas faço isso com mais pressa de voltar. ( quero dizer que entendi que estou envelhecendo, hehehe )

Continuo extremamente atraída pela luz azul da tela do computador, que ilumina as paredes aqui no meio da madrugada. Memórias ativadas... Mas também as desativo com tal facilidade que até me surpreendo como consigo pegar no sono sem sofrimento ou culpa . Ahh culpa!!! Tenho analisado cada vez mais esse conceito: freio, trava, rédia, mordaça! Acho que só no ano de 2007, eu repeti umas 157 vezes: "Não acredito em culpa, só ação e reação! Se tem vontade de fazer, faça. E saiba lidar com as consequências de suas ações. Não sinto culpa!" E com isso cometi tantos excessos!!!! E claro, tive que lidar com os estragos!

"E a Sindrome de Peter Pan, Alissandra? Já aprendeu como lidar com isso?"
"Ah, claro!" - respondi - "Assumi ela de vez!" E cada vez mais sinto que vou me envonvendo com pessoas mais jovens porém as estórias são as mesmas...

Leio quando dá tempo, escrevo quando não há mais nada interessante na TV! Mas não era ssim antes também?

Amo cada vez mais minha gata, que parece entender as minhas mudanças melhor que eu.

Mas na essência de tudo, bem lá no fundo, e ao mesmo tempo superficialmente, o que aconteceu nesses 18 meses de silêncio verbal é que nada mudou drasticamente. Quisera eu ter uma grande históra pra contar, uma virada de mesa, uma grande epopéia onde o herói sai do estágio mundano e atinge a imortalidade por suas epifanias!!! Mas não... e pra dizer a verdade, espero que tudo continue assim, suave, pra que eu possa continuar sem perder um segundo sequer da minha vida. E aí, sim, poder contar histórias de epifanias, de conquistas, de iluminação; só quando elas realmente acontecerem.

Viu? Continuo a mesma... Humana, demasiadamente humana!

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